A Reconciliação com o irmão é vivencia do mandamento do amor

24/06/2014 00:29

(Por Claudio Muniz - Acólito Instituido )

 

        Em Mateus 5, 23- 24 a Palavra de Deus nos diz: "Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta". Esta palavra deve nos ajudar a refletir como anda o cumprimento do amor pregado por Jesus em nossa vida, pois Jesus disse: Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo"(Mt 22, 37-39). Então, nós que caminhamos nesta estrada em direção ao próprio Cristo, carregando em nós a marca indelével de batizados, de cristãos, precisamos entender que apesar de nossas diferenças devemos por em prática, dia após dia, os ensinamentos do nosso único Salvador.

        Como verdadeiros cristãos, vivemos em comunidade onde cada um tem a sua maneira de ser e de agir, porém, na diversidade de carismas.

        Precisamos viver a unidade, a mesma que o Espírito Santo suscitou em Pentecostes junto aos apóstolos e a Virgem Maria, que reunidos no Cenáculo, receberam uma espécie de línguas de fogo que os levaram a pregar de forma que os estrangeiros os entendiam. Diferente do que aconteceu em Babel, que ninguém mais se entendia.

        A linguagem que hoje é exortada a cada um de nós, é linguagem do amor, a linguagem de saber entender o próximo, a linguagem do acolhimento, a linguagem do perdão e da reconciliação.

        Somos irmãos em Cristo, portanto, em nosso coração não ha lugar para ódio, rancor, rixas e desavenças. Devemos lutar pelo bem comum, pois como membros do Corpo místico da Igreja, onde o próprio Cristo é a cabeça, cada um tem uma função que somados exercem a missão recebida.

        Certa vez, participando de uma reunião com religiosas, o bispo pregava: Jesus fica muito triste quando numa congregação de irmãs, duas delas não se falam, e no momento da comunhão ambas vão receber Jesus Eucarístico, sinal de unidade e de comunhão uns com os outros. Perguntou-nos: que testemunho estas irmãs estão dando? Se elas não se falam, que unidade elas pregam? qual testemunho apresentam? Aqui volto a citação do início do texto que fala da oferta diante do altar e da reconciliação com o irmão. 

        Como cristãos não é admissível um contratestemunho destes. Se é difícil cumprir esta palavra, peça ao próprio Jesus para nos ajudar a cumpri-la. Não podemos deixar que o egocentrismo pregado no mundo nos coloque como uma ilha, nós não somos uma ilha, somos pessoas que precisamos andar de braços dados uns com os outros, mostrando a força que gera onde dois ou mais estão reunidos em nome de Cristo.

        Não podemos deixar que a voz da serpente possa mais uma vez nos levar ao convite do erro, do egoísmo, do orgulho. Precisamos desmascarar o inimigo que nos rodeia, deixando de lado a lei do olho por olho e dente por dente, esta que nos leva a agir de forma que a bola de neve formada, cada vez cresça mais e mais. 

        Precisamos deixar que o Sol de nossa vida, Jesus Cristo, derreta toda bola de neve, transformando o gelo em água viva que lava e liberta todos aqueles que aceitaram o convite: Vem e segue-me.

        Aceitemos o convite que Jesus nos faz mais uma vez para deixar o homem velho para trás e receber a partir de agora o sopro de vida nova, pois o que era velho passou. Vamos recomeçar subindo os degraus em direção ao céu, olhando para o alto e para o lado, segurando nas mãos de nosso próximo, onde um ajuda ao outro, para juntos chegarmos a verdadeira felicidade que tanto nossa alma deseja. 

Saúde e Paz a todos!